"A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final."
Luís Fernando Veríssimo

sábado, 30 de janeiro de 2010

Matrioska Mood




É impressionante como proliferam as Matrioskas. Parecem cogumelos. Vêm por ondas, levas, rajadas, e parece que estamos de novo imersos num Matrioska Mood generalizado. Não sei onde começam as tendências. Parece-me que não são obra de cabeças, isoladas ou agrupadas, que de repente se põem a bolar o que se vai usar, ouvir, ou dizer. Não são uma coisa consciente, assim. E por isso às vezes, intuitivamente, de olhos fechados, antecipamos tendências (como quando penso no que terei feito às minhas velhas doc martens castanhas e depois vejo que as recuperam na Comptoir des Cottoniers). Outras vezes limitamo-nos a constatá-las. Como no caso da mania das Matrioskas. O fascínio que exercem sobre nós deve ter alguma explicação. Será a escala? a expectativa? a falsa surpresa? a sensação de infinito? A abrir e fechar mulheres redondas, de lenço na cabeça e bochechas rosadas, da "mãe de todas" à mais pequena (a única que não contém segredos anunciados) deslizo com estranheza até à minha infância. S. ressona, ao meu lado. A chupeta adormecida, ao seu lado. Acho que nunca viu uma Matrioska.

(nas imagens: papel de embrulho da nineteenseventythree, macacão da theirnibs e boneca de crochet da anthropologie)


0 comentários:

Enviar um comentário